Em entrevista recente, o senador Wagner reiterou a necessidade de "tesão" para percorrer a Bahia e ganhar a campanha. Um dos favoritos para tal, e citado por Wagner - além de Moema Gramacho, e o então secretário de educação Jerônimo Rodrigues -, Luiz Caetano disse ao Bahia Notícias que está pronto. “Tesão é o que não me falta. Na verdade, tenho dito sempre que fico muito honrado de ter sido lembrado. Estou à disposição do partido, da frente política do governador Rui e de Wagner para dar continuidade a esse projeto na Bahia”, disse.
Ele diz que os outros nomes que integram as possibilidades também são capacitados para a "difícil missão de fazer melhor do que o já feito por Wagner e Rui". Para Caetano, neste momento é mais importante a união dentro do PT. “Mas o que quero mesmo é ajudar a escolher a pessoa que tenha capacidade de unir o grupo e partir para cima no sentido de mobilizar a Bahia, os partidos políticos, os deputados e o estado no sentido de fazer uma campanha política alegre, que defenda prosperidade, desenvolvimento e a melhora das condições do povo baiano”, declarou.
No mesmo tom de busca por uma unidade política, Moema Gramacho não se esquivou da missão caso tenha que ser ela a candidata. Para a petista, a possibilidade de concorrer internamente com os outros nomes não a preocupa. “São pessoas com uma expressão importantíssima dentro e fora do partido. Portanto, eu não tenho nenhuma dificuldade com isso. No momento em que ficar decidido quem será, estarei na campanha batalhando para que a chapa seja vitoriosa. Agora, meu nome colocado, se for esse escolhido, nunca fugi à luta. Incorporo o Hino Nacional. Uma filha tua não foge à luta. Estou sempre pronta para lutar”, brincou.
Reconhecendo o tempo apertado para a apresentação de um nome, pois o prazo limite para desincompatibilização vai até o dia 2 de abril, ela disse que o momento exige cautela. “Temos pressa, obviamente, por conta do prazo para a descompatibilização, mas nada que tenha que nos apressar tanto para não ter cautela, responsabilidade e garantir que seja escolhida, ao fim de tudo, a chapa vitoriosa. O que mais nos importa neste momento é continuar mantendo o projeto que temos desenvolvido aqui na Bahia e que queremos retomar no Brasil. Mais importante do que apressar a definição de um nome do PT, é garantir a unidade de toda a base. Se depender de mim, quero ajudar nessa construção de unidade da base para que ninguém precise se afastar desse processo”, ponderou.
Na noite desta terça-feira (7), o deputado federal pelo PT baiano Jorge Solla também colocou seu nome à disposição do partido para encabeçar a chapa. Ele considerou que a sugestão do seu nome por diversos integrantes do partido vem de um reconhecimento por sua atuação desde a fundação do PT há 42 anos. “Obviamente meu nome está à disposição. Agora, quero deixar claro a todos e todas que nós precisamos ter a melhor chapa possível, precisamos ter nomes que reúnam as melhores condições e não podemos, de forma nenhuma, esquecer desse debate que o nome que nos coloca no cenário mais favorável para ganhar a eleição é do governador e senador Wagner”, disse a apoiadores durante a plenária.
Outro nome citado pelo senador Jaques Wagner como favorito para concorrer foi o do secretário de Educação do estado, Jerônimo Rodrigues. A reportagem entrou em contato com o secretário e com sua assessoria de imprensa para repercutir como ele tinha recebido essa possibilidade e se colocava à disposição para o que o PT vem chamando de "projeto político pela Bahia e pelo Brasil". Por uma questão de agenda, Jerônimo Rodrigues não pôde conceder entrevista até o fechamento desta matéria.
Nesta terça-feira, o presidente estadual do PT, Éden Valadares, disse ao Bahia Notícias que o partido espera apresentar um nome até o próximo sábado (12). “O clima de unidade interna é o que está guiando a postura e as falas tanto dos candidatos como dos dirigentes, quem sabe se antes disso a gente não constrói o consenso? Tomara que aconteça. Torço e trabalho para isso. Mas, formalmente, é o que disse. Executiva sexta e diretório no sábado”, explicou Valadares. Ao Bahia Notícias, Éden disse que é preciso respeitar a decisão do senador e considerou "página virada" a possibilidade dele voltar atrás.