"Não é possível identificar na postagem em debate conteúdo que extrapole o direito de livre manifestação constitucionalmente assegurado ao requerido", escreve a juíza.
A magistrada escreveu ainda que o caso é diferente de publicação analisada anteriormente, em que a Justiça determinou que o influenciador apagasse mensagem que publicou em seu perfil no Twitter em que chamava o ex-diretor da Globo de "criminoso", "escroto" e "assediador".
"Marcius Melhem falha em sua tentativa patética de CENSURA. Não satisfeito em me processar, por causa de um tuíte em que defendia a Dani, o sujeito ainda está tentando calar TODO MUNDO que se pronunciou em defesa dela", escreveu Castanhari no Instagram. Danilo Gentili, Rafinha Bastos e Marcos Veras também são alvos de ações judiciais da defesa do ator e ex-diretor, além de Dani Calabresa.
Decisão judicial determinou, inclusive, que Rafinha Bastos apague três publicações que fez sobre o caso.
Melhem foi denunciado por atrizes da TV Globo por assédio sexual e moral. Elas procuraram o compliance da empresa e algumas já prestaram depoimento na Ouvidoria das Mulheres no Conselho Nacional do Ministério Público. Mas não existe ainda uma ação na Justiça contra ele.
"Minha total solidariedade a todas as mulheres (são várias!) vítimas do assédio dele. Você, Melhem, pode tentar me processar por este post também. Quando eu ganhar, farei outra publicação esfregando isso nessa sua cara sem graça. Lembrem-se desta frase: A imposição do silêncio é uma das principais armas de um assediador", conclui.
Procurada, a defesa de Melhem não se manifestou até a conclusão deste texto. (BN)
